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Jair Bolsonaro aproveitou a folga do sábado para se dedicar ao seu passatempo predileto, o de garoto-propaganda das aglomerações. Defendeu o fim do isolamento social durante passeio pela cidade goiana de Cristalina. A pregação do presidente ignora o drama que o coronavírus provoca em cidades que negligenciaram a tática do isolamento. Neste domingo, o ministro Nelson Teich (Saúde) visita o caos hospitalar da cidade de Manaus.
Ao informar no Twitter sobre a viagem à capital amazonense, Teich estendeu a mão aos governantes locais: “Estamos juntos no combate ao Covid-19, com o governo do estado e do município”, escreveu. Na sua incursão po Cristalina (GO), Bolsonaro soou na contramão do seu ministro, reiterando o ataque a governadores e prefeitos: “Estão destruindo o emprego no Brasil de forma irresponsável, até porque a curva (de contágio do vírus) não tem achatado.”
Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio atribui o colapso do sistema de saúde da cidade à baixa adesão ao isolamento social. Avalia que o discurso de Bolsonaro é parte do problema, pois o convite ao recolhimento domiciliar, que chegou a ser acatado por 70% dos moradores de Manaus, declinou para menos de 50% depois que Bolsonaro passou a se comportar como capitão das aglomerações.
Neste domingo, embarco para Manaus para acompanhar de perto a situação do atendimento a população do Amazonas. Estamos juntos no combate ao Covid-19, com o Governo do Estado e do Município.
— Nelson Teich (@TeichNelson) May 2, 2020
No passeio deste sábado, Bolsonaro fez uma concessão à ciência: aderiu à máscara. “Vamos tomar cuidado, usar máscara”, chegou a dizer. O diabo é que passou a maior parte do tempo com a máscara sob o queixo. Além de perdigotos, distribuiu abraços e apertos de mão. Tirou fotos ao lado de gente sem máscara. Quer dizer: fez tudo o que seu Ministério da Saúde desaconselha.
Teich vistoria on colapso de Manaus num instante em que os números do seu ministério informam que há no Brasil 96.559 casos confirmados de covid-19. Os mortos já são contados em 6.750. Isso coloca o país na nona posição do ranking dos mais infectados. Depois de deixar a China para trás, o Brasil ultrapassou o Irã. Realizará outras ultrapassagens, pois o ápice do contágio doméstico ainda está vir.
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Fonte noticias.uol.com.br