Manaus – Uma pauta diversificada que relaciona 50 projetos industriais com linhas de produção que vão de aparelhos para testagem de amostras sanguíneas e máscaras descartáveis a telefone celular, motonetas e processamento de alimentos regionais. Esse é o foco da primeira reunião virtual do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) que será realizada na próxima terça-feira (30), às 10h, via plataforma Teams, com transmissão pelo canal do YouTube. Os projetos industriais incluídos na pauta estão estimados em R$ 1,578 bilhão com geração de 2.815 empregos no período de até três anos.
Entre os projetos analisados pelas equipes da Sedecti e Sefaz, estão relacionadas propostas para a produção de equipamentos médico-hospitalar (Foto: Divulgação/Sedecti)
O link de acesso à transmissão no canal da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) no YouTube é https://youtu.be/95KlNLYuUhw. O conteúdo integral da pauta da 285ª reunião do Conselho está disponível na página www.sedecti.am.gov.br – item ‘Codam’.
A diversificação da pauta do Codam é destacada pelo titular da Sedecti, Jório Veiga, como um avanço na recomposição da base econômica do Estado no pós-crise quando a pandemia da Covid-19 for controlada. “Nessa reunião temos projetos diversos, como testagem sanguínea, máscaras descartáveis, que não são os itens usualmente produzidos em Manaus. Essa diversidade ajuda muito na estabilização do portfólio e, ao mesmo tempo, abre outras oportunidades”, completou.
Jório Veiga ressalta que o processamento de alimentos regionais se mostra muito importante na adição de valor à produção agropecuária para a retomada do crescimento. “Estamos investindo nessa diversificação e no setor agropecuário para ampliar o leque de opções e a economia do Estado como um todo”.
Pauta
Do total de 50 projetos incluídos na pauta da 285ª Reunião do Codam, 26 foram aprovados ad referendum. Entre os projetos analisados pelas equipes da Sedecti e Sefaz, estão relacionadas propostas para a produção de equipamentos médico-hospitalar com aparelhos para análise de amostras de sangue por meio de radiação óptica, da Positivo Tecnologia, e para a fabricação de máscaras descartáveis de uso hospitalar, da Cal-Comp Indústria e Comércio.
No segmento alimentício existem projetos para a produção de polpa de fruta, gelo, condimentos e especiarias e azeitona em conserva e mel. No município de Tapauá (a 565 quilômetros de Manaus), a empresa Abufari Coleta de Produtos Florestais pretende produzir castanha do Brasil desidratada com investimentos de R$ 956 mil que vão demandar a contratação de 31 trabalhadores.
No setor de eletroeletrônico estão relacionados os projetos da Semp TCL para a fabricação de televisores com tela de cristal líquido estimados em R$ 887 milhões, o da Philco Eletrônicos para a produção de telefone celular digital com recursos de R$ 16 milhões e o da Cis Eletrônica para a fabricação de câmera de vídeo para conferência.
Balanço
A última reunião do Codam foi realizada no dia 19 de fevereiro deste ano, quando foram aprovados 37 projetos industriais estimados em R$ 782 milhões, com geração de 1 mil vagas no mercado de trabalho, no período de até três anos.
Alvo de um incêndio que matou dois pacientes nesta terça-feira, 27, o Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio, tinha vários projetos “aprovados pelo Ministério da Saúde e em andamento para realizar uma série de reformas de urgência”, segundo nota divulgada pela pasta na noite desta terça-feira, 27.
“Apesar da unidade de saúde ter vários projetos aprovados pelo Ministério da Saúde – e em andamento – para realizar uma série de reformas de urgência, ainda não é possível afirmar as causas do incêndio”, afirma o Ministério. “Apenas após o trabalho da perícia será possível apontar os fatores que levaram ao ocorrido”, segue a nota.
O Ministério lamentou a morte dos pacientes e afirmou que a prioridade naquele momento era “zelar pela vida das pessoas e controlar a situação”.
“Ainda não foram identificadas as causas do incêndio, mas todas as providências estão sendo tomadas nesse sentido. O hospital já tinha um diagnóstico prévio sobre a situação estrutural do complexo hospitalar, inclusive de toda a rede elétrica – o que vai facilitar a apuração dos fatos que levaram ao ocorrido”, afirmou o Ministério da Saúde.
Os investimentos do Governo do Estado em Corumbá, contemplando setores primordiais como saneamento básico, saúde, habitação, educação e infraestrutura urbana, eliminaram problemas cruciais da população – falta de água na parte alta da cidade e deficiências no atendimento médico-hospitalar. Também garantiram moradia digna, qualidade no ensino público, mais segurança na região fronteiriça e melhoria do […]
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Os investimentos do Governo do Estado em Corumbá, contemplando setores primordiais como saneamento básico, saúde, habitação, educação e infraestrutura urbana, eliminaram problemas cruciais da população – falta de água na parte alta da cidade e deficiências no atendimento médico-hospitalar. Também garantiram moradia digna, qualidade no ensino público, mais segurança na região fronteiriça e melhoria do […]
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Os investimentos do Governo do Estado em Corumbá, contemplando setores primordiais como saneamento básico, saúde, habitação, educação e infraestrutura urbana, eliminaram problemas cruciais da população – falta de água na parte alta da cidade e deficiências no atendimento médico-hospitalar. Também garantiram moradia digna, qualidade no ensino público, mais segurança na região fronteiriça e melhoria do sistema viário urbano e rural.
O quarto maior município de Mato Grosso do Sul, em população, recebeu na gestão do governador Reinaldo Azambuja (2015-2020), o maior volume de recursos em mais de 40 anos: R$ 379 milhões. Destes, R$ 367 milhões foram destinados a obras prioritárias que beneficiam diretamente os corumbaenses, sendo a maior soma (R$ 129 milhões) em pavimentação asfáltica, drenagem, manutenção de estradas e construção de pontes de concreto.
“Pactuamos com Corumbá uma grande parceria, cujos resultados são demonstrados efetivamente em obras e serviços em benefício da população”, disse o governador Reinaldo Azambuja, reafirmando compromissos com a região. “Estabelecemos com a prefeitura local um programa de investimentos, dentro do Governo Presente, e vamos cumpri-lo. Quero parabenizar Corumbá, nestes 242 anos, pela sua história, sua gente, desejando um futuro promissor para esta região de grande potencial econômico, cultural e ambiental”, destacou.
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2 Sumário Executivo 2.1 global Máscaras N95 Grau Médico de protecção Produção 2.1.1 global Máscaras N95 Grau Médico de protecção Receita 2015-2026 2.1.2 global Máscaras N95 Grau Médico de protecção Produção 2015-2026 2.1.3 global Máscaras N95 Grau Médico de protecção Capacidade 2015-2026 2.1.4 global Máscaras N95 Grau Médico de protecção Marketing de Preço e Tendências 2.2 Máscaras N95 Grau Médico de protecção Growth Rate (CAGR) 2020-2026 2.3 Análise de Cenário Competitivo 2.3.1 Fabricantes Mercado Concentração Ratio (CR5 e HHI) 2.3.2 Principais kkkkk Fabricantes 2.4 Drivers de mercado, tendências e questões 2.5 Indicador macroscópica 2.5.1 PIB para Grandes Regiões 2.5.2 Preço de matérias-primas em dólares: Evolution Competição de Mercado 3 por fabricantes 4 quota de mercado Capacidade global Máscaras N95 Grau Médico de protecção de produção pelo fabricante 5 Market Share por tipo de empresa 6 Máscaras N95 Grau Médico de protecção Mercado situação competitiva e Tendências 7 Produção e capacidade por Regiões 8 canais de marketing, distribuidores e clientes 9 Mercado Dynamics 10 oportunidades de mercado, desafios, riscos e influências Fatores e Análise 11 Riscos de Mercado / Análise 12 distribuidores, comerciantes e negociantes 1. Resultados de Pesquisa e Conclusão 2. Apêndice Contínuo
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Isabel Beltrão, administradora da AMETIC, que gere o Complexo de Santa Bárbara na Lourinhã e está integrado na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) diz que têm novos serviços, mas que “estão parados devido à pandemia”.
Por sua vez, o Hospital de Ovar teve de se transformar para fazer face a um evento dramático que a cerca sanitária montada em torno de Ovar, devido aos casos de covid-19. “Esta experiência duríssima que atravessámos teve enorme impacto em toda a organização que perdurará, estou certo, para sempre”, afirma Luís Ferreira, presidente do conselho diretivo do Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar.
Cerca de 80 quilómetros a sul de Ovar, em Coimbra, Emília Nina, médica de família e coordenadora da USF Cela Saúde, considera que “a pandemia de covid-19 foi e é um novo desafio a nível organizacional, clínico, segurança dos utentes e profissionais, ambiental e ainda na informação aos utentes nas suas diversas vertentes”.
Na mesma cidade de Coimbra, Carlos Santos, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, sublinhou que “o impacto da pandemia no CHUC foi muito significativo, como aliás em todas as unidades hospitalares e todos os sistemas de saúde”.
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O desafio é manter a estratégia de recuperação
Carlos Santos quer manter a trajetória de recuperação da atividade.
2014: 3.ª edição do Prémio Saúde Sustentável Categoria: Cuidados Hospitalares Vencedor: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Projeto: Diversificação de fontes de receita
“O impacto da pandemia no CHUC foi muito significativo, como aliás em todas as unidades hospitalares e todos os sistemas de saúde”, refere Carlos Santos, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Os números mostram os efeitos do tufão sanitário da covid-19.
No que respeita à atividade programada, os números de primeiras consultas nos meses de março a maio de 2020 caíram para metade em comparação com o período homólogo de 2019. As consultas subsequentes tiveram uma redução de cerca de 1/3 porque se fizeram consultas por meios não presenciais. As sessões de hospital de dia não oncológico desceram para menos de metade, tal como a cirurgia convencional e a cirurgia de ambulatório. Em março e abril de 2020 registaram-se 17.906 episódios de urgência contra os 33.018 episódios no mesmo período de 2019.
Estratégia anticovid
Para lidar com a situação, o CHUC concentrou no Hospital Geral dos Covões a resposta covid em urgência, internamento e cuidados intensivos. Disponibilizou até 34 camas de cuidados intensivos dedicadas à covid, em quatro níveis do Plano de Contingência, tendo registado um máximo de 10 doentes em medicina intensiva, o que esgotou a capacidade do nível I, e 277 camas para doentes estáveis chegando a ter ocupadas 109. Entre 12 de março e 14 de maio, realizaram-se 11.500 testes SARS-COV-2.
Em junho, com a pandemia mais contida e uma maior curva de aprendizagem, o CHUC iniciou “um processo de retoma da atividade que ficou por realizar, fortemente apoiada nos processos de contratualização interna e com envolvimento ativo das equipas”, diz Carlos Santos.
Chama a atenção que as medidas de segurança impostas pela situação pandémica “introduzem uma lentificação maior dos fluxos e dos processos assistenciais e obrigam a um aumento de gastos nas infraestruturas, nos equipamentos de proteção individual e nos sistemas de controlo de acessos, ainda muito dependentes do fator humano”.
Para Carlos Santos, “o desafio no futuro próximo é o de tentar manter a trajetória de recuperação da atividade, a par das respostas críticas que só o CHUC assegura na região, como as vias verdes AVC, coronária e trauma, em paralelo com um dispositivo de resposta à covid”.
Ligações internacionais
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra tem mantido a sua vocação internacional através da participação em redes globais como a M8 Alliance Rede Mundial de Centros Académicos e Médicos, Universidades e Academias de 19 países a que o centro hospitalar pertence juntamente com a Universidade de Coimbra. Organizou o Fórum da Saúde das Mulheres 2019, que é um projeto-piloto de especialistas nacionais e internacionais em saúde feminina, e foi também criado o Capítulo Português da Women in Global Health (WGH).
O CHUC participa também em diversos projetos com financiamento europeu e é membro integrante da rede europeia em inovação em saúde – EITHealth que permite um investimento significativo em investigação e capacitação de investigadores e estudantes nas questões prementes da área do ehealth, ampliação da cooperação através de programas de Telemedicina e de Programas de mobilidade nacional e internacional (partilha e transferência de saberes) e o Programa Atlantis.
“Serviços parados devido à pandemia”
Isabel Beltrão diz que o prémio motivou a equipa.
2015: 4.ª edição do Prémio Saúde Sustentável Categoria: Cuidados Continuados Vencedor: AMETIC – Apoio Móvel Especial à Terceira Idade e Convalescentes, Lda. Projeto: A instituição destacou-se pela “abordagem holística aos cuidados continuados”, tendo em conta as instalações, os serviços e as preocupações pela sustentabilidade financeira e ambiental.
“É sempre bom para a nossa organização receber um prémio e foi muito bom em termos de equipa e de a motivar e envolver no seu trabalho do dia a dia. Externamente também foi positivo pois é sempre uma mais-valia o reconhecimento do trabalho que desenvolvemos. A imagem que passa para os nossos clientes também foi muito positiva”, sublinha Isabel Beltrão, administradora da AMETIC, que gere o Complexo de Santa Bárbara na Lourinhã e está integrado na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Salientou que têm novos serviços, mas que “estão parados devido à pandemia”.
Quanto aos impactos da pandemia de covid-19, numa estrutura residencial para idosos como esta, foram, sobretudo, o ” afastamento das famílias dos nossos residentes e utentes, mas que temos de manter a bem deles próprios e o aumento franco de custos uma vez que o preço dos materiais de proteção, higienização e limpeza disparou”. No restante “limitámo-nos a melhorar procedimentos que já tínhamos utilizado”, diz Isabel Beltrão.
A experiência da cerca sanitária por causa da covid-19
Luís Ferreira diz que o hospital sem papel transformou o trabalho.
2019: 8.ª edição do Prémio Saúde Sustentável Categoria: Cuidados Hospitalares Vencedor: Hospital Dr.º Francisco Zagalo – Ovar Projeto: HOSP – Hospital de Ovar sem Papel
O Hospital de Ovar esteve no centro de um dos casos mais severos de infeção por covid-19 quando em Ovar foi decretada uma cerca sanitária em março deste ano, e o hospital se transformou. “Esta experiência duríssima que atravessámos teve enorme impacto em toda a organização que perdurará, estou certo, para sempre”, afirma Luís Ferreira, presidente do conselho diretivo do Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar.
A atividade programada como consultas, cirurgias e meios complementares de diagnóstico e terapêutica foi suspensa, criaram um posto de testagem massiva, transformaram a enfermaria dos serviços cirúrgicos e o ginásio da medicina física e de reabilitação em enfermarias covid.
Foram ainda abertas consultas covid em complemento às áreas dedicadas dos cuidados de saúde primários, implantado um hospital de campanha no pavilhão de desportos, com tudo o que é necessário em qualquer enfermaria de um hospital, e contratadas mais de 50 pessoas para reforçar as equipas que também ficaram desfalcadas. “No meio de tudo isto, ainda conseguimos que o nosso hospital fosse o primeiro hospital do país a utilizar o sistema lançado pela SPMS – RSE Live – para a realização de teleconsultas”, diz Luís Ferreira.
Como explica Luís Ferreira, o “Hospital de Ovar é um hospital pequeno no contexto do SNS, cuja atividade assistencial, ainda que intensa e de extrema importância para a população que serve, é relativamente reduzida por não temos espaço nem recursos para mais. Por isso, passamos, de certa forma, despercebidos no contexto nacional”.
“Não há impossíveis”
Segundo o gestor hospitalar, o prémio Saúde Sustentável “veio, de certa forma, pôr o Hospital de Ovar no mapa pelos melhores motivos o que, de certa forma, aumenta também a nossa responsabilidade. Ao nível interno, o prémio acaba por ser um reconhecimento do esforço que os nossos colaboradores imprimiram na adaptação aos novos métodos e ferramentas. E isso é muito importante”.
O “projeto HOSP – Hospital de Ovar sem Papel” transformou a forma como as pessoas trabalham, como os processos fluem, bem como à organização, acesso e tratamento da informação que é gerada. “No contexto do SNS, estamos hoje no topo do indicador ‘receitas sem papel’ totalmente desmaterializadas e gastamos menos 45% do papel que gastávamos antes do projeto”, explicou Luís Ferreira.
Mas as ideias de transformação e de inovação manteve-se e no Hospital de Ovar foi desenvolvido um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, por um consórcio do qual fizemos parte com a Winning e o Centro de investigação em Saúde Cintesis (da Universidade do Porto) que criou uma escala de risco hospitalar e definiu planos de contingência a aplicar consoante o comportamento evolutivo da epidemia de covid-19 para o Hospital de Ovar, através de uma ferramenta preditiva, capaz de antecipar cenários de risco para o hospital, possibilitando a adoção de decisões e medidas concretas. “O prémio que vencemos o ano passado mostra-nos que não há impossíveis”, conclui Luís Ferreira.
A importância da certificação
Emília Nina realça a importância da mudança organizacional.
2016: 5.ª edição do Prémio Saúde Sustentável Categoria: Cuidados Primários Vencedor: USF Cela Saúde Projeto: Distinção graças à aposta na melhoria contínua dos cuidados de saúde, tendo realizado e obtido importantes resultados nas áreas da saúde infantil e juvenil, saúde da mulher, vacinação, cuidados, domiciliários e doenças crónicas.
“O Prémio Saúde Sustentável foi recebido pelos profissionais como uma motivação. Foi o reconhecimento feito a profissionais que não sendo heróis, alcançam objetivos em saúde, aceitando novos desafios baseados em atitudes de melhoria contínua e assim surgiu naturalmente a certificação CPAQ (compromisso para atendimento administrativo de qualidade) em 2016 e 2018 e o Certificado de Acreditação Internacional obtida em março de 2019”, afirmou Emília Nina, médica de família e coordenadora da USF Cela Saúde.
A gestora desta unidade de saúde familiar sublinha que a certificação mudou as características organizacionais. Segundo Emília Nina, a mudança organizacional assegurou níveis mais elevados de segurança, garantia de confidencialidade e privacidade, prevenção e controlo de infeção, acessibilidade, direitos, comunicação, ambiente, perceção da satisfação dos utentes e profissionais e transparência de resultados com a respetiva publicitação.
Os resultados
Acrescenta que “monitorizamos e publicitamos os TMRG (Tempos Máximos de Resposta Garantidos), os resultados dos indicadores institucionais e o nível de satisfação dos utentes. Tudo isto levou a resultados de maior qualidade com impacto na prestação de cuidados. Reflexo disso são os indicadores institucionais e o respetivo IDG (Índice de Desempenho Global) tal como pode ser consultado no https://bicsp.min-saude.pt/”.
Tem como o lema “reinventar o quotidiano – a arte de superar os objetivos”, por isso os valores e os desafios da inovação estão imbuídos na cultura da instituição. Por isso os projetos passam pela recertificação CPAQ, a manutenção da certificação de Acreditação internacional, reestruturação do website, criar novas linhas de comunicação com os utentes, qualificar a referenciação a cuidados e especialidades hospitalares, qualificar a formação profissional, desenvolver um novo e mais eficaz plano de prevenção e controlo de infeção, executar um plano de vacinação antigripal atempado e mudar de instalações a curto prazo, não esquecendo a participação no ADR (área dedicada a respiratórios) e a prevenção do burn-out profissional.
Emília Nina considera que “a pandemia covid-19 foi e é um novo desafio a nível organizacional, clínico, segurança dos utentes e profissionais, ambiental e ainda na informação aos utentes nas suas diversas vertentes”. Adianta que “os maiores impactos foram a exaustão profissional e os resultados em saúde nomeadamente menos rastreios oncológicos. Tivemos sempre e mantemos o espírito de equipa e a participação dos profissionais”.
Porto Itapoá faz investimentos emergenciais na infraestrutura de Saúde da região e no município para combate à pandemia
Em meio à pandemia da Covid-19, o terminal portuário de Itapoá tem se juntado aos esforços de combate à doença. Uma das medidas foi a reforma de uma das alas do Hospital São José.
Para o município de Itapoá, empresa já encomendou dois respiradores a serem instalados da Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas até o mês de outubro. Ampliação da unidade também está em fase de projeto para serem implantadas ainda em 2020
Desde o início da pandemia, o Terminal buscou entender como o município de Itapoá, e a região como um todo, enfrentaria a pandemia em seu ápice e qual seria a condição de infraestrutura oferecida à população.
Pelo tamanho do município e, pelos próprios protocolos definidos pelas autoridades da área da saúde, observou-se que os hospitais regionais de Joinville concentrariam o maior número de atendimentos do Estado, incluindo praticamente a totalidade dos pacientes com origem de Itapoá.
Nesse sentido, houve um planejamento orientado para propiciar com segurança e infraestrutura adequada o primeiro atendimento em Itapoá e, em paralelo a ampliação da capacidade de atendimento nas unidades hospitalares de Joinville.
A partir deste cenário o Porto Itapoá se associou à iniciativa de empresários de Joinville, organizados na Acij (Associação Empresarial de Joinville), para apoiar financeiramente a ampliação de uma das alas do Hospital Municipal São José – que recebeu o nome Ala Porto Itapoá.
A instituição é referência em atendimento hospitalar pelo SUS na região que tem uma população estimada em 800 mil pessoas.
Este apoio ampliará a capacidade de atendimento do hospital para o ainda crescente número de casos de COVID-19, visando não comprometer o atendimento das demais enfermidades que necessitam de atendimento no local.
Em Itapoá, especificamente, o Terminal está trabalhando no projeto para adequação e ampliação da infraestrutura pré-hospitalar. O investimento, inicialmente estava direcionado em obras de adequação da área de transferência de pacientes (heliponto) de média e alta complexidade que necessitam de locomoção para unidades hospitalares de maior capacidade de atendimento médico.
Outra ação, iniciada em maio, foi a compra de dois respiradores artificiais que serão direcionados à UPA de Itapoá. A iniciativa foi realizada em parceria com a Acij e a Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina). A previsão é que esses equipamentos cheguem ao município em outubro.
“Consideramos de máxima relevância fazer parte desse esforço para que Itapoá supere essa pandemia com as vidas preservadas”, diz o presidente do Porto Itapoá, Cássio José Schreiner.
Nestes investimentos estão incluídos também as doações para a área da Saúde de Itapoá.
O Terminal já havia doado máscaras e EPIs para a população e para os profissionais de saúde do município, feito distribuição de álcool em gel e adquirido mais uma ambulância para atendimento de funcionários, terceiros e motoristas que acessam o Porto.
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Pesquisadores e laboratrios mineiros se unem corrida mundial em busca de estratgias para enfrentar o coronavrus (foto: Fred Bottrel/EM/D.A Press – 25/3/20)
Enquanto milhes de brasileiros acompanham com apreenso o avano dos nmeros da COVID-19, em laboratrios de todo o mundo, um contingente de cientistas trabalha de forma incessante em busca de mecanismos para prevenir ou conter a doena.
Assim como em diversos pases, em universidades e centros de estudos brasileiros, em meio a tubos de ensaio e algoritmos computacionais, professores e pesquisadores tentam desenvolver solues para enfrentar o novo coronavrus e seus efeitos.
As frentes de atuao so mltiplas: vo desde a busca e os testes com vacinas e medicamentos, passam por sistemas de checagem da temperatura corporal e chegam construo de equipamentos hospitalares para pacientes graves.
Em meio a um leque de investigaes que se renova a cada dia, seja em novas frentes, seja em novos desafios, o Estado de Minas elegeu projetos que vm sendo desenvolvidos no pas, como forma de homenagear esse exrcito silencioso de homens e mulheres que batalha na guerra contra um inimigo poderoso, mas invisvel.
A seguir, detalhes de algumas dessas iniciativas, parte de um esforo global do qual pode surgir, em um laboratrio de qualquer parte do planeta, a cura.
Antdoto no prprio corpo
Angiotensina (1-7) no tratamento de pacientes com COVID-19
Coordenador: professor Robson Augusto Souza dos Santos
Instituio: UFMG
O professor Robson Augusto Santos aposta em uma espcie de suplementao, com hormnio do prprio organismo humano, para combater a COVID-19 (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press – 10/1/14)
Partindo da premissa de que combater o coronavrus, uma vez instalado no organismo, to importante quanto prevenir o contgio, uma das frentes de estudos em curso na Universidade Federal de Minas Gerais trabalha para desenvolver um tratamento alternativo para pacientes graves com quadro de COVID-19.
Os estudos so coordenados pelo professor Robson Augusto Souza dos Santos, do Laboratrio de Hipertenso do Instituto Nacional de Cincia e Tecnologia em Nano-Biofarmacutica (N-Biofar) da UFMG, tambm CEO da Angitec – startup de pesquisa e desenvolvimento.
A ideia fazer uma espcie de reposio hormonal com a angiotensina (1-7), hormnio produzido pelo corpo humano com efeito protetor, que proporciona diversos benefcios ao organismo.
“Acreditamos que um dos efeitos do vrus, se no for o principal, a remoo dessa enzima da membrana da clula, com isso, a reduo da produo da angiotensina (1-7). O objetivo do nosso estudo fazer algo como uma reposio hormonal da substncia”, explica o pesquisador.
Segundo ele, a ideia proporcionar um tipo de atalho, fornecendo o produto diretamente ao organismo. “A ideia bsica esta: fazer uma suplementao, tentar normalizar, na medida do possvel, a concentrao desse peptdeo no corpo”, disse Robson.
As pesquisas esto na primeira fase, na qual checada a segurana do procedimento. Trinta pacientes voluntrios, maiores de 18 anos, internados com insuficincia respiratria, com necessidade de ventilao mecnica e com previso de estada na UTI por mais de 48 horas, devem participar dessa etapa.
A prxima, a dois, atesta a eficcia do medicamento. Est prevista a participao de 100 pacientes, metade deles recebendo a substncia ativa e a outra metade um placebo.
“Se obtivermos sucesso, vamos passar para a fase trs, em colaborao com o pessoal da Blgica, em hospitais de l, da Itlia, dos Estados Unidos, Inglaterra e Espanha, que vo se unir a ns para fazer um estudo multicntrico, como chamado. Outros hospitais do Brasil devem participar, mas por enquanto a pesquisa est em Belo Horizonte, que nossa prioridade. Somos pioneiros”, ressaltou o professor.
Na capital, a primeira fase est sendo desenvolvida em parceria com os hospitais Mater Dei e Eduardo de Menezes, este ltimo da Fundao Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
De acordo com o pesquisador, a angiotensina (1-7) pode reverter danos pulmonares deflagrados pela infeco, alm de combater complicaes cardiovasculares e neurolgicas, entre outras.
Como o medicamento feito a partir de uma substncia produzida pelo prprio organismo, no foram apontados efeitos colaterais que ofeream riscos sade.
Tambm por se tratar de um peptdeo natural, caso o tratamento demonstre a eficcia e segurana esperadas no haver necessidade de registro na Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).
E neste momento que entra em ao a fase quatro da pesquisa: a entrada no mercado. Neste caso, a ateno deve ser redobrada quanto farmacovigilncia, uma vez que muitas pessoas devem usar o medicamento.
“Nessa fase que costumam ocorrer problemas, pois a so milhes de pessoas usando. o que pode acontecer tambm com a vacina: na fase quatro, pode surgir algum efeito colateral importante, como alergia, que acaba fazendo com que alguns medicamentos sejam retirados do mercado. a fase de comercializao e de farmacovigilncia”, destacou o professor.
Alerta de zonas quentes
Software para triagem de pessoas por temperatura
Coordenador: professor Eduardo Pimenta
Instituio: UFMG
Equipes de futebol j usam o mecanismo de medio de temperatura na medicina esportiva (foto: Instagram Sport Club do Recife/Reproduo da internet )
Em tempos de reabertura do comrcio, comum avistar funcionrios de estabelecimentos munidos de termmetro digital para aferir a temperatura de clientes – afinal, a febre um dos sintomas da COVID-19. Mas h meios mais seguros de fazer a checagem. onde entra a termografia.
Pensando nisso, o professor Eduardo Pimenta, do Departamento de Esportes da Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais, desenvolveu um software, que est sendo disponibilizado gratuitamente, para que empresas usem na medio de calor.
Chamado de Safe, o dispositivo pode ser usado em empresas, aeroportos, escolas e hospitais, entre outros locais, com um termovisor acoplado ao software. A grande vantagem do mtodo que o avaliador pode ficar distante at trs metros da pessoa a ser observada.
Em menos de um segundo, o sensor capta a temperatura corporal e, se for o caso, emite um alerta para notificar os operadores do sistema. De acordo com Pimenta, diversas empresas j contam com o aparelho, uma vez que ele utilizado na manuteno de equipamentos.
“A vantagem que no preciso de um avaliador se aproximando com um termmetro, porque ele pode se contaminar e ser ponto de contaminao de outros. A avaliao acontece em menos de um segundo, por um medidor muito sensvel. E o sistema tem um alerta vermelho, que permite mandar um aviso por e-mail caso detecte febre”, explica o especialista.
Ele destaca, porm, que nem todo estado febril significa contgio pelo coronavrus, mas defende que a identificao permite que cada pessoa seja tratada mais cedo.
O download do software pode ser feito pelo site da empresa Omni, especializada em solues tecnolgicas para trabalhadores, sobretudo da rea de esportes. Sessenta e quatro estabelecimentos j usam o sistema, entre grandes empresas e times de futebol, como Atltico, Flamengo, Sport (foto) e Grmio.
“O corpo humano uma grande fonte emissora de calor. Quando apresenta alguma patologia, alguma disfuno, como uma leso muscular ou um processo que vai derivar em leso – o que ocorre muito com atletas de futebol –, o organismo comea emitir uma quantidade maior de calor, e com isso conseguimos antecipar uma provvel leso e medidas so tomadas”, concluiu Pimenta, explicando como a tcnica tambm ajuda em outras frentes nos esportes de alto rendimento.
Neutralizador de vrus
Prottipo para inativar o coronavrus no ar
Coordenador: professor Alexandre Leo
Instituio: UFMG
A guerra contra o coronavrus , na verdade, uma batalha perante um inimigo invisvel, que pode estar em qualquer lugar. Com base nessa premissa, est sendo desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais um prottipo que tem como objetivo diminuir a carga viral do ar, inativando o novo coronavrus (Sars-CoV-2) e outros micro-organismos prejudiciais sade, como caros.
Os estudos so coordenados pelo professor Alexandre Leo, do Departamento de Fotografia e Cinema da Escola de Belas Artes (EBA).
Alexandre Leo, Gregory Kitten e Thalita Arantes com o prottipo, que ser testado em hospitais (foto: Acervo Alexandre Leo/Divulgao)
O sistema funciona captando o ar, que ento passa por dentro do aparelho. Na parte interna do equipamento – cujo prottipo feito em madeira de mdia densidade, papel-alumnio e ventilador usado em computadores –, fica uma lmpada ultravioleta (UV-C).
Ao entrar em contato com a luz ultravioleta, o micro-organismo inativado, tornando-se incapaz de causar contgio.
“A ideia que todo o ar que passe por esse sistema fique inativado. Raciocinando de forma lgica, imagine que voc, na sua casa, coloque o equipamento na parede. Ele tem capacidade de suco de 55 metros cbicos (m³) por hora. Um quarto de 5×4 metros tem 60m³ de volume. Porm, temos que imaginar que nem todo o ar do quarto vai passar pelo aparelho em uma hora. Por isso, ele precisa ficar ligado por mais tempo para desinfetar ambientes compatveis com sua capacidade, por causa da movimentao interna do ar”, explica o professor.
Segundo ele, a ideia, portanto, reduzir a carga viral nos ambientes em que for impossvel eliminar totalmente o micro-organismo.
A principal preocupao dos desenvolvedores do projeto com a segurana, uma vez que a luz ultravioleta, caso entre em contato com algum por muito tempo, capaz de prejudicar a viso e a pele.
Por isso, os pesquisadores fizeram exaustivos testes com o aparelho, que se mostrou eficiente. Com o depsito da patente do dispositivo, o objetivo agora encontrar empresas no mercado nacional dispostas a produzi-lo em larga escala.
“O preo da lmpada adequada para o projeto subiu 50%. Nosso equipamento est avaliado abaixo de R$ 500, enquanto um importado custa R$ 1.500, por causa do dlar. Com a patente, estamos buscando empresas no mercado nacional com interesse em fazer a produo em escala. O Centro de Tecnologia da UFMG est agora buscando parceiros para produzir, respeitando os critrios tcnicos”, disse o professor.
Alm da busca de parcerias com a indstria, est prevista a produo de cerca de 20 prottipos do equipamento para instalao em hospitais. Isso permitir avaliar a eficincia do sistema.
Tambm participam do projeto: Jnatas Abraho (virologia – ICB/UFMG), Gregory Kitten (biomateriais/ICB), Rudolf Huebner (engenharia mecnica/Escola de Engenharia), Thalita Arantes (biomedicina/Centro de Microscopia), Wagner Rodrigues (Fsica/ICEx) e Willi de Barros (conservao preventiva/EBA). A equipe completada por Euler Santos, especialista em negcios da Fundao de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), Estvo Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, e Luciana Mafra, mdica do Hospital Jlia Kubitschek.
Um “pulmo” brasileiro
Prottipo de ventilador pulmonar mecnico Coordenador: professor Jurandir Nadal
Instituio: UFRJ
Equipamento j passou pela fase de testes e deve comear a ser produzido em escala (foto: Coppe/UFRJ/Divulgao)
Pesquisadores do Programa de Engenharia Biomdica da Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Ps-Graduao e Pesquisa de Engenharia), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, desenvolveram um prottipo de ventilador pulmonar mecnico que deve ser produzido em larga escala.
O projeto, que teve incio em maro, passou por vrios ajustes, at ser testado em pacientes e ter o processo de registro iniciado na Anvisa. A produo do experimento est sendo coordenada pelo professor Jurandir Nadal, chefe do Laboratrio de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular da Coppe.
“Em questo de dois meses, tnhamos um ventilador pronto para teste. Comeamos em 13 de maro e em 20 de maio j estava pronto. A tivemos que testar. Primeiro no laboratrio, com colaboradores do Inmetro, do Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Eltrica), numa empresa chamada Medcentro. Deu tudo certo”, explica o pesquisador.
A isso se seguiram duas semanas de testes em animais, exigidos pela Comisso Nacional de tica e Pesquisa, antes de partir para testes em humanos.
“Testamos em cinco pacientes e tudo funcionou muito bem. Agora estamos com o ventilador no modo definitivo e fazendo os testes que so exigidos para registro na Anvisa”, resumiu Nadal.
O equipamento funciona acoplado a uma fonte de ar comprimido e outra de oxignio, com um sistema de chaveamento para fazer diferentes misturas, possibilitando maior ou menor concentrao de oxignio, conforme a necessidade.
A presso regulada de acordo com a situao do paciente. O ventilador no deixa a presso cair abaixo de um valor mnimo para evitar que partes do pulmo que absorvem o oxignio se colapsem, prevenindo leses provocadas pela ventilao artificial.
O ar expirado passa, ento, por um filtro especial que retm as gotculas de gua com vrus, mantendo a umidade do sistema respiratrio.
O equipamento foi produzido para suprir a demanda de respiradores no Brasil. No entanto, como a situao hoje considerada controlada, o produto ficar como um legado no setor de aparelhos de sade. “Vai virar um produto completo, e a ideia transferir isso para uma empresa nacional, para ter mais um produto no mercado”, explica o professor.
O projeto agora busca uma consultoria para o registro na Anvisa. “Temos at meados de setembro para submeter Anvisa, porque registros para a COVID-19 foram facilitados por um perodo de 160 dias a partir de portaria de maro. Se no houver prorrogao, vamos ter que fazer toda uma bateria de testes em laboratrio e a o processo pode atrasar mais quatro, seis meses. Espero que isso no acontea”, concluiu.
O que nos move
So milhares de crebros e muito conhecimento por trs da corrida cientfica fundamental para a preservao de vidas e para minimizar os efeitos da pandemia no Brasil. Mas, por trs de toda a tcnica, qual o sentimento dos coordenadores ao liderar estudos como esses? Com a palavra, a cincia.
(foto: UFMG/Divulgao)
“A gente espera poder contribuir para a humanidade. o que todo cientista gostaria de criar: alguma coisa que possa contribuir para reduzir o sofrimento das pessoas. Para mim, uma expectativa grande de a gente colaborar para, pelo menos antes da vacina, e para aqueles para os quais a vacina no fizer efeito. uma alegria muito grande e uma honra ter uma perspectiva bem clara de amenizar o sofrimento das pessoas”
Robson Santos lidera os estudos da angiotensina (1-7) no tratamento de pacientes com COVID-19
(foto: Isabela Trindade/EEFFTO/Divulgao)
“Cem mil mortes pode ser que acontea por algum outro motivo, talvez cardiopatias. S que a COVID-19 matou 100 mil no pas em trs, quatro meses. Ento, a ideia, primeiro, preservar a sade de quem foi contaminado e impedir que essa pessoa contamine outra. O professor universitrio das federais moldado para ter essa viso social. A tecnologia tem que ter um propsito. O conhecimento no meu, da humanidade, como ensinou Max Planck, pai da termodinmica”
Eduardo Pimenta, criador do software gratuito para triagem de pessoas por temperatura
(foto: Isabela Trindade/EEFFTO/Divulgao)
“Ns, como servidores pblicos, membros da universidade, pesquisadores, professores, temos a viso social de unir recursos e profissionais. Um projeto desses no se faz com um nico profissional, so vrios pesquisadores para tentar colaborar com a sociedade. Ficamos muito felizes quando vemos o resultado acontecendo. Temos muitos resultados que no so bons, faz parte da pesquisa, mas no desanimamos”
Alexandre Leo, um dos idealizadores do prottipo para inativar coronavrus no ar
(foto: Arquivo pessoal/Divulgao)
” um trabalho multidisciplinar, e felizmente a Coppe tem 13 programas, ento, parte das respostas conseguimos obter com colegas da prpria instituio. Mas ainda assim precisamos consultar especialistas da Unicamp, da USP, da Faculdade de Medicina… Precisamos da UTI do hospital para fazer testes, da Universidade Federal Rural para fazer os testes em animais… A experincia com a indstria tambm foi muito gratificante”
Jurandir Nadal, professor da UFRJ e coordenador do projeto que idealiza o prottipo de ventilador pulmonar mecnico
Iniciativas voltadas à população e às comunidades estão ajudando a tornar essa fase passageira um pouco mais leve
Projetos doam máscaras e espalham sorrisos durante pandemia
Foto: Reprodução/Instragram
Em tempos de pandemia, a gente sabe que às vezes é difícil manter o sorriso no rosto. Porém, iniciativas voltadas à população e às comunidades estão ajudando a tornar essa fase um pouco mais leve.
Um exemplo é a campanha Sorrisos Grátis, idealizada pela psicóloga Flávia de Freitas. O projeto, que teve início em maio, distribui de forma gratuita máscaras com sorrisos para campanhas voluntárias de solidariedade. De acordo com Flávia, a inspiração veio da campanha “abraço grátis”, na qual pessoas abraçam desconhecidos na rua.
As boas ações não acabam por aí: são muitas entidades que se engajaram na luta contra a Covid-19 por meio de doação de máscaras. Uma delas foi encabeçada por alunos do Hospital São Paulo que, com a campanha Máscara Para Quem Precisa, doa equipamentos de proteção individual aos profissionais de saúde do local.
Liderada por um grupo de empresários de Sâo Paulo, o projeto “Entrega Segura” ajuda entregadores de aplicativos, restaurante e outros itens essenciais. A ideia do grupo é estimular a doação de máscaras e luvas sempre que alguém fizer uma compra pela internet ou telefone.
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Quem desenvolve quadro grave de covid-19 pode ficar semanas em uma unidade de terapia intensiva (UTI), ligado a um respirador. Para enfrentar um longo período de tempo na cama, o paciente deve ser colocado de barriga para baixo, a fim de diminuir a pressão sobre os pulmões e ajudar a expandi-los – condição comum para outros quadros de doenças pulmonares. Mas não havia um equipamento apropriado para manter o paciente nessa posiçãosem que aparecessem escaras em seu corpo, resultado da pressão prolongada sobre a pele.
A solução para o problema foi uma almofada especial e de fácil higienização que surgiu de uma parceria entre o Inova HC, braço de inovação do Hospital das Clínicas, na capital paulista, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e a empresa de almofadas FOM. Este é um dos cerca de 120 projetos em andamento no HC motivados pela pandemia do novo coronavírus. As parcerias e ideias podem se tornar oportunidades para novos negócios.
Em seu hub de inovação, o Hospital das Clínicas tem cerca de 30 startups em fase de aceleração, além de grandes empresas que trabalham para buscar soluções inovadoras na área da saúde. A contrapartida para o hospital pode vir em forma de doação dos novos produtos desenvolvidos ou com o direito do uso da tecnologia em primeira mão, por exemplo. “Com a pandemia, recebemos muito mais doações para investimento em saúde. Criamos até uma plataforma de crowdfunding para que as pessoas pudessem realizar suas contribuições”, diz o professor Giovanni Cerri, responsável pelo projeto.
No caso das almofadas para UTI, a FOM descobriu uma oportunidade de entrar no segmento de saúde enquanto sua fábrica própria atua com 50% da capacidade, já que as lojas da marca foram afetadas pelo fechamento do comércio, em razão da quarentena. “Estamos prontos para dar início à fabricação. O produto já está em teste em três redes de hospitais particulares em São Paulo“, diz o CFO da FOM, Guel Rabinovitch.
A empresa doou o primeiro lote, com 400 coxins, nome dado ao kit de almofadas, para o HC. As soluções existentes em almofadas até então eram importadas, com alto custo. Os médicos usavam travesseiros ou outros materiais que acabavam machucando a pele e são difíceis de higienizar.
Pouca inovação
A saúde não é o único setor que recebeu com a pandemia uma injeção de modernização por necessidade. O professorCarlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, diz que o varejo e a educação são outros exemplos de áreas que se viram obrigadas a buscar novas tecnologias ou, simplesmente, implementar as que já existiam. Por outro lado, o mesmo estudo de Arruda que revelou essa tendência aponta que setores como a indústria deixaram de investir em novos projetos, em razão da baixa receita e contenção de gastos.
“No caso da educação, temos visto pouca inovação e muita adoção de soluções que já existiam, mas não eram usadas. No varejo, vemos uma inovação orientada pelo cliente, focada em atender a necessidade, o que é positivo. Em termos de pesquisa, temos visto muitos investimentos, editais de curto prazo, para resolver os problemas de agora, sem uma visão de mais longo prazo”, afirma. Ele explica que o fato de a crise de saúde ter causado uma paralisação econômica dificulta o investimento em inovação transformadora, que muda, de fato, a vida das pessoas.
Ainda assim, há projetos que vêm para ficar e que foram acelerados pela crise sanitária. O professor Giovanni Cerri, do Inova HC, cita uma plataforma de telemedicina e um programa de monitoramento de pacientes, sem contato físico, como exemplos de projetos que podem baratear o custo das UTIs e diminuir o trânsito dos doentes.
Ele conta que até robôs passaram a ser utilizados no recolhimento de lixo hospitalar nesse período e um laboratório de robótica começou a integrar o centro de inovação. “É o legado da crise. Tudo o que será desenvolvido na medicina ficará para o pós-crise”, diz.
Marquinhos Trad comparou quem não usa máscara ao Patinho Feio do conto infantil.
Força divina – O prefeito Marquinhos Trad (PSD) anda mais religioso do que nunca. Nas lives que tem feito pela manhã, para apresentar dados da covid-19, reforça a necessidade da população ”ajoelhar” e pedir proteção a Deus. Ontem, solicitou auxílio até aos “anjos querubins e serafins”, segundo ele, “os mais fortes, os mais guerreiros”. “Entregamos as chaves da nossa cidade nas suas mãos”, disse Marquinhos.
De máscara – Ele também pareceu bem satisfeito com o primeiro dia de obrigatoriedade do uso de máscaras nas repartições públicas. “Entrei em algumas salas, que por vezes, pelo automatismo, nem vemos. Todos eles (servidores) estavam usando máscaras no Paço. Parabéns a nossa equipe”, comentou.
Patinho Feio – Para o restante da população que ainda não entendeu a necessidade de proteção com máscara, o prefeito mandou recado: “Não seja o Patinho Feio da história”, apesar da fábula ter um final bem feliz para o bichinho que nasce diferente, mas termina como cisne.
Arquivado – O projeto do deputado Felipe Orro (PSDB), que previa desconto de 30% nas mensalidades das escolas particulares, durante a paralisação das aulas presenciais, foi arquivado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A proposta teve cinco votos contrários, porque os integrantes a consideraram inconstitucional, já que segundo eles, a medida deve ser propostas apenas pela União.
Acerto – Para o advogado constitucionalista, André Borges, a decisão foi acertada pelos deputados, porque o tema não deve ser definido na Assembleia Legislativa e sim por uma medida federal. “Só pode ser sugerido por meio de projeto de lei no Congresso Nacional”, destacou.
Polêmicos – O deputado estadual João Henrique Catan (PL) fez um pedido para mesa diretora para que não sejam votados projetos polêmicos durante este período de pandemia. “Deixem as outras matérias para avaliar depois deste período”, solicitou.
Discordo – A questão também foi defendida por Lucas de Lima (SD). Já o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa (PSDB), discordou dos colegas. “Não concordo, porque entendo que projetos importantes devem ser votados neste momento também”, pontuou.
Cabalístico – Os deputados brincaram que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) só vai sancionar a lei de socorro aos estados na quinta-feira, por ser dia 14 de maio. “Ele não iria sancionar no dia 13”, disse Paulo Corrêa (PSDB), em referência ao número do PT nas urnas. A preocupação dos parlamentares era conseguir aprovar a permanência do abono dos servidores de Mato Grosso do Sul antes da medida federal que impede reajustes.
Em casa – Depois de show em plena pandemia, em festinha de aniversário infantil no dia 1ª de maio, em São Gabriel do Oeste, a dupla Patrícia e Adriana resolveu respeitar o isolamento social. Pelo menos teoricamente. Ontem, elas fizeram a Moagem Live, uma apresentação solidária na internet com patrocínio de cervejaria das grandes.
Puxão de orelha – O vereador Rogério Rohr (PSD), que contratou as duas para a festa do filho, foi notificado pela prefeitura de São Gabriel do Oeste e pode acabar multado se fizer de novo algum evento com aglomeração.
Dois projetos que estão em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) propõem o uso obrigatório de máscaras por todos os cidadãos pernambucanos quando transitarem por espaços públicos e estabelecimentos durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Um substitutivo da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) unificou as duas matérias, de autoria dos deputados Joaquim Lira (PSD) e Simone Santana (PSB), e foi aprovado pela comissão nesta segunda-feira (5). Ele ainda deve passar pelas comissões de Administração, Saúde, Direitos Humanos e Desenvolvimento Econômico, que vão se reunir nesta quarta-feira (6), e só então seguir para votação em plenário pelos deputados.
O projeto considera como espaços públicos:
Vias públicas Parques e praças Pontos de ônibus, terminais de transporte coletivo, rodoviárias, portos e aeroportos Veículos de transporte coletivo, de táxi e transporte por aplicativos Repartições públicas Estabelecimentos comerciais, industriais, bancários, empresas prestadoras de serviços e quaisquer estabelecimentos congêneres Outros locais em possa haver aglomeração de pessoas
O descumprimento do uso da máscara pode acarretar em multa, que será definida posteriormente pelo governo estadual.
De acordo com a matéria, cabe aos estabelecimentos públicos e privados proibirem a entrada de pessoas que não estiverem utilizando máscara (caseira ou profissional) nos seus recintos, sejam elas clientes ou funcionários.
Se for identificada a presença de alguém sem máscara, os responsáveis pelo estabelecimento tomar medidas para que a pessoa passe a usá-la ou que seja retirada do local . Eles podem, inclusive, acionar a polícia.
O estabelecimento que não cumprir com a determinação está sujeito a advertência na primeira atuação e multa no caso de reincidência. Essa multa pode variar entre R$ 1.000 e R$ 100 mil, dependendo do porte do empreendimento e das circunstâncias da infração. Caso haja uma terceira infração, o valor será cobrado em dobro, e assim por diante.
O descumprimento da lei podem ser enquadrados como “crimes de infração de medida sanitária preventiva”. Todas as receitas obtidas com as multas serão destinadas para ações de combate ao coronavírus.